Câncer de Rim - Guia Informativo | Dr. Eliney Faria

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Câncer de Rim – Guia Informativo

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O QUE É O CÂNCER DE RIM?

Esse tumor maligno, ou seja, o “carcinoma de células renais” é uma categoria de câncer responsáveis por cerca de 2% a 3% de todas as neoplasias do adulto, ocorrendo mais em homens do que nas mulheres. 

Acometendo, segundo o Ministério da Saúde, o INCA e a literatura médica, mesmo pessoas com boa saúde entre 55 e 70 anos de idade. 

Esse tipo de tumor tem muitas vezes crescimento lento, porém, o câncer de rim pode ser muito agressivo, o que aumenta a importância do diagnóstico precoce e a realização de exames de rotina.

QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO PARA TUMOR RENAL?

Os principais fatores de risco para câncer renal mais comuns descritos na literatura são: tabagismo (consumo de cigarros), obesidade, hipertensão arterial (pressão alta), estilo de vida e dieta não saudável, história familiar, aqueles com doença renal que leve a insuficiência renal terminal, e algumas síndromes ou alterações genéticas.

Existem diversos tipos de câncer de rim, tanto benignos, quanto malignos

O Câncer de rim ocorre com mais frequência em pessoas com estilos de vida menos saudáveis, mas fatores genéticos também são importantes. Porém , o combate aos tumores começa com hábitos saudáveis como o controle de peso e controle de hipertensão, para os pacientes afetados por esse tipo de doença.

QUAIS SÃO OS TIPOS DO CÂNCER DE RIM?

Os tumores de rim se dividem em malignos e benignos. Dentre as lesões renais benignas, destacam-se o leiomioma, o hemangioma, o oncocitoma, o adenoma, o lipoma e o tumor de células justaglomerulares.

Nos malignos, ou seja, que são considerados câncer nos rins, o mais comum é o adenocarcinoma renal. Este é dividido em: sub tipo células claras, que é o mais comum (70%), carcinoma papilar ou carcinoma papilífero, segundo mais comum (10%), carcinoma cromófobo, em torno de 7%.

Temos ainda tumores mais raros como, como o de ductos coletores, sarcomatóides, entre outros tipos de cânceres de rim menos comuns.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DO CÂNCER DE RIM?

O crescimento destas células cancerosas nos rins pode-se fazer de forma assintomática ou ter alguns sintomas.

Alguns pacientes dependendo do estádio da doença podem ter: sangramento na urina; dores nas costas ou na lateral do abdômen; diminuição ou perda de apetite; cansaço; perda de peso; anemia; febre na ausência de infecção determinada, desânimo (cansaço constante) e diminuição da força muscular.

Vários desses sintomas, porém, não são exclusivos dos cânceres renais e podem ser resultado de alterações hormonais ou outras doenças.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DE CÂNCER DE RIM?

O diagnóstico do tumor do trato urinário atualmente se faz fundamentalmente por exames de imagem que detectam as alterações nos rins.

 Ultrassonografia (US) é o método de imagem mais comumente empregado para rastreamento de doenças renais e que é pedido de rotina por diversas especialidades. Quaisquer diagnósticos precisos de câncer de rim dependem desse tipo de exame.

O principal papel da US consiste em detectar lesões renais e verificar se elas são: cistos simples ou complexos, nódulos sólidos ou de gordura.

Quando o exame de US verifica a existência destas lesões renais lança-se mão da tomografia computadorizada ou ressonância magnética, pois elas têm capacidade de acessar a densidade tecidual e vascularização de massas renais, possibilitando a diferenciação entre cistos e nódulos sólidos, além de estadiar e auxiliar na programação cirúrgica de tumores.

QUAIS OS TRATAMENTOS PARA CÂNCER DE RIM?

A base do tratamento dos tumores malignos localizados de rim é a cirurgia, a qual tem por objetivo remover completamente a neoplasia, principalmente quando se detecta o câncer de rim em estágio inicial.

No passado, o padrão-ouro do tratamento cirúrgico dos pacientes com neoplasia maligna renal era a nefrectomia radical. Hoje em dia, outros tipos de tratamento e cirurgia são recomendados.

Ultimamente várias têm sido as motivações para a realização de nefrectomia parcial, ou seja, retirada somente do tumor preservando o restante do rim.

Dentre elas, o incremento no diagnóstico de lesões sólidas pequenas ou cistos complexos, as melhores condições de planejamento pré-operatório com boas imagens, e as técnicas minimamente invasivas como a cirurgia robótica.

Atualmente, a nefrectomia parcial, ou seja, a retirada apenas do tumor poupando o rim, é indicada nos casos de lesões pequenas (< 4 cm) e periféricas.

Porém, este limite está se expandindo e se o cirurgião for experiente, o mesmo consegue remover até lesões de 7 cm e outras centrais preservando o rim.

Mas existem condições em que a nefrectomia parcial é mandatória, ou seja, aquelas que na realização da nefrectomia radical resultariam na necessidade de diálise, tais como rim único ou tumores bilaterais.

Indicações relativas são pacientes com lesões unilaterais, mas com rim contralateral associado a alterações que podem comprometer sua função (por exemplo, estenose de artéria renal, litíase, hidronefrose, refluxo vesicoureteral, pielonefrite crônica ou doenças sistêmicas, como diabetes mellitus ou nefroesclerose) prejudicando a circulação sanguínea.

Tanto a nefrectomia parcial quanto a nefrectomia radical podem ser feitas por cirurgia robótica ou laparoscópica sendo um procedimento bastante complexo e dependente de um cirurgião experiente, ou seja, o conhecimento e habilidade do cirurgião têm impacto direto no resultado da cirurgia e recuperação do paciente.

Existem situações em que o câncer de rim tem metástases em linfonodos, no fígado, no pulmão ou nos ossos. Nesse cenário além da remoção do tumor pode ser necessário uso de tratamento adjuvante, em que hoje se dispõe de várias drogas para quimioterapia e imunoterapia, que são administradas ao paciente em parceria com um médico oncologista clínico.

QUANDO A CIRURGIA É INDICADA, E COMO FUNCIONA A CIRURGIA PARA REMOÇÃO DO CÂNCER DE RIM?

Falando um pouco mais sobre o tratamento cirúrgico. A cirurgia é o principal tratamento para os tumores renais, independente do estádio clínico da doença.

Além de ser o tratamento principal, muitas vezes, somente esta pode alcançar a cura e garantir a qualidade de vida do paciente.

Dependendo do estágio e da localização do tumor, pode-se remover completamente o rim (nefrectomia radical) ou retirar somente o tumor (nefrectomia parcial).

Mesmo naqueles pacientes em que o câncer tenha se disseminado para outros órgãos (doença metastática) podem se beneficiar da cirurgia, pois esta reduz sintomas da doença, como dor e hemorragia.

Na nefrectomia radical, o rim é removido completamente, juntamente com os linfonodos regionais e o tecido gorduroso ao redor (Gordura de Gerota).  

Na nefrectomia parcial apenas é removida uma parte do rim acometida pelo tumor. Atualmente é o tratamento de escolha para pacientes com câncer renal menores de 7 cm.

Uma de suas principais vantagens dessa técnica é que o paciente mantém parte da função renal e portanto pode seguir com sua vida saudável habitual.

Tanto a nefrectomia parcial quanto a radical podem ser feitas por via aberta, laparoscópica e robótica.

A via aberta está sendo abandonada, e é restrita hoje a raros casos.

A via laparoscópica, se utiliza de instrumentos cirúrgicos inseridos por meio de pequenas incisões feitas na pele.

Na abordagem robótica, as incisões são também pequenas como a laparoscópica, porém o cirurgião realiza a cirurgia de um console próximo à mesa de cirurgia controlando completamente os braços robóticos que realizam a operação.

Isso dá ao cirurgião mais controle dos instrumentos e aumenta as chances de sucesso e as chances de cura do paciente, bem como diminui as chances de complicações.

A cirurgia robótica permite que o cirurgião mova os instrumentos com mais facilidade e precisão comparado à laparoscópica tradicional, o que aumenta os índices de cura.

Tanto a técnica laparoscópica quanto robótica tem vantagens de recuperação mais rápida, menor tempo de internação e de dor no pós-operatório.

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