PARA QUE SERVE A CIRURGIA ROBÓTICA?
A cirurgia robótica é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo, considerado a evolução do acesso laparoscópico.
Cirurgias robóticas (cirurgias robô-assistidas) é um procedimento minimamente invasivo onde o cirurgião manipula um robô.
Considerado a evolução do acesso laparoscópico, a técnica robótica utiliza pequenas incisões de 8 mm (chamadas também de punções) e através de um console (uma espécie de joystick) controla os braços robóticos, com visão 3D e alta definição de imagem.
Na verdade esta técnica auxilia o cirurgião experiente a ter muito mais detalhes de dissecção e manipulação de tecidos.
Tendo muito mais precisão do que procedimentos cirúrgicos convencionais, onde a cirurgia é aberta e mesmo mais assertividade que a própria laparoscópica.
Nos Estados Unidos e Europa esta técnica está consagrada e na América Latina e no Brasil a realização de cirurgias robóticas vem crescendo muito, principalmente com o avanço da tecnologia robótica em si e com sua expansão para mais especialidades médicas.
A cirurgia robótica já é padrão de tratamento em diferentes áreas: cirurgias digestivas, cirurgia do tórax, cirurgia geral, cirurgia bariátrica, ginecologia, mas nas cirurgias urológicas é que ela tem suas melhores indicações.
O principal uso mundial do robô é o seu emprego na prostatectomia radical, um procedimento complicadíssimo que, em uma cirurgia convencional, exige procedimentos muitos mais invasivos e com uma recuperação muito maior.
Aplicando a intervenção cirúrgica com robôs cirúrgicos, a prostatectomia radical evita diversas complicações da cirurgia tradicional, trazendo alta precisão, menos cortes, melhor recuperação e menos risco de complicações.
COMO É REALIZADA A CIRURGIA ROBÓTICA?
Geralmente o centro cirúrgico, ou melhor, as salas cirúrgicas de grandes hospitais têm toda a estrutura do robô.
O paciente fica sob anestesia geral, faz-se o acesso dos chamados portais, ou seja, as pequenas incisões cirúrgicas que mencionei anteriormente (8 mm cada), por onde entram os instrumentos cirúrgicos robóticos.
O cirurgião principal fica operando pelo console, uma tela de controle com câmera de alta definição, manipulando os instrumentos e braços robóticos com excelente controle de amplitude de movimentos.
Essa técnica gera uma qualidade de detalhes e de movimentos precisos que costumamos chamar de “precisão cirúrgica milimétrica”, que é um dos grandes diferenciais na realização de procedimentos com robôs.
O robô elimina ainda os possíveis tremores da mão humana, proporcionando melhor ergonomia e aplicação da técnica cirúrgica.
Essa qualidade não está somente relacionada a movimentos, e sim também associada a parte de precisão de imagem.
O sistema robótico utiliza-se de câmera de vídeo com visão tridimensional (câmera 3D), de alta resolução, com fibra ótica digital que permite ao cirurgião experiente ter melhor visualização.
Toda essa tecnologia eleva muito os padrões de segurança na condução dessas atividades quando comparado a cirurgias convencionais.
QUAIS PACIENTES PODEM SER CANDIDATOS À CIRURGIA ROBÓTICA?
Existem muitas áreas que utilizam de cirurgia robótica, mas os pacientes que mais se beneficiam desta tecnologia são aqueles com cirurgias para realizar no abdome ou no tórax, ou seja, procedimentos complexos.
A cirurgia robótica é um método indicado para procedimentos de alta complexidade e onde se faça necessário terem bons resultados, como por exemplo, cirurgias para tratamento de câncer de próstata, câncer de rim, câncer de bexiga, entre outras neoplasias.
QUAIS AS VANTAGENS DA CIRURGIA ROBÓTICA E QUANDO É INDICADA?
A cirurgia robótica é indicada no tratamento de doenças abdominais e torácicas com indicação de cirurgia.
As cirurgias urológicas são as mais usadas indicações destes procedimentos.
Algumas das vantagens da cirurgia robótica são precisão cirúrgica, redução das incisões, diminuição da perda de sangue, e aceleração do tempo de recuperação e cicatrização do paciente.
O Robô permite uma melhor manipulação dos tecidos com imagem 3D.
Uma outra vantagem é a melhora da ergonomia do cirurgião, que opera sentado no console.
Isso reduz o cansaço do cirurgião principalmente em cirurgias complexas e longas, traduzindo-se em melhora dos resultados.
Nessas cirurgias de alta complexidade a utilização do robô é fundamental.
Veja uma lista dos mais importantes benefícios aos pacientes da cirurgia robótica:
- Menor dor e uso de analgésicos;
- Listamos a seguir algumas outras vantagens da cirurgia robótica;
- Menor dor e uso de analgésicos;
- Menor trauma cirúrgico;
- Menor sangramento;
- Menos risco de infecção;
- Menores índices de transfusão de sangue;
- Alta hospitalar mais rápida;
- Retorno precoce às atividades rotineiras (menor período de afastamento do trabalho e das atividades esportivas ou do dia a dia);
- Menor tempo de cirurgia (quando comparada à técnica laparoscópica);
- No caso da prostatectomia radical (ou seja, tratamento do câncer de próstata) ainda tem-se melhores taxas de potência sexual e melhores taxas de continência urinária.
QUANTO CUSTA UMA CIRURGIA ROBÓTICA OU LAPAROSCOPIA?
A cirurgia robótica vem tendo crescimento exponencial no Brasil e na América Latina, sendo hoje um procedimento da prática médica muito realizado, segundo dados da saúde brasileira.
A existência de tratamento tem custos como como qualquer outro tratamento.
Esses custos ainda hoje no Brasil não são cobertos pelos planos de saúde, e os custos irão variar de acordo com região do Brasil, de acordo com valores dos hospitais, e de acordo com variação cambial do dólar, já que os insumos robóticos são importados.
Alguns planos de saúde e fornecedores de serviços contemplam a parte hospitalar como se fosse cirurgia laparoscópica e o paciente paga apenas a diferença dos instrumentos robóticos.
Mas independente do valor, este não é mais caro do que uma cirurgia mal realizada e os custos pessoais de sofrimento e perda de qualidade de vida que ficam para o paciente, que são imensuráveis.
QUAL A HISTÓRIA DA CIRURGIA ROBÓTICA?
A primeira vez que se tem registro da utilização de um robô em medicina foi em 1985, durante a realização de uma biópsia cerebral.
O robô neste caso serviu para guiar a agulha quando entrava no cérebro do paciente, gerando a precisão necessária na época.
Alguns anos mais tarde, em 1988, o Colégio de Londres, fez uso do robô para uma raspagem na doença de hiperplasia benigna da próstata, configurando seu primeiro tratamento cirúrgico.
Em 1992, um robô também foi usado para para esculpir com precisão encaixes em fêmur para instalação de prótese de quadril, algo que na época só seria possível com máxima precisão e alta tecnologia.
Hoje a empresa que domina o mercado, a Intuitive, desenvolveu o AESOP, que através de uma central de comando (denominado ZEUS) realizou a primeira cirurgia transcontinental, onde o cirurgião Jaques Marescaux, que estava em Nova Iorque operou um paciente seu em Estrasburgo, na França.
Esses avanços foram iniciados devido às Forças Armadas norte-americanas necessitarem fazer cirurgias a distância nos anos 90, com a expectativa de ter braços robóticos em hospitais próximos às regiões de confrontos militares.
Essa tecnologia permitiria que em qualquer parte do mundo, o cirurgião principal, atuando num console (Joystick) faria o procedimento cirúrgico.
Esse projeto não foi em frente muito mais pelas limitações na velocidade de transmissão de dados da internet da época, do que da tecnologia da plataforma robótica.
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